Setembro é um mês dedicado à conscientização sobre a prevenção do suicídio, uma questão de saúde pública que afeta milhões de pessoas pelo mundo, muitas vezes de forma silenciosa, mas que pode ser contornada. Devido a isto, foi instituído no Brasil, em 2014, o termo Setembro Amarelo, que é um movimento para conscientizar a população, promover discussões abertas sobre o tema e buscar ajuda a quem possui algum nível de mentalidade suicida.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 700 mil pessoas cometem suicídio a cada ano em todo o mundo. No Brasil, o Ministério da Saúde divulgou, em 2022, que a taxa de mortalidade por suicídio foi de 6,2 por 100 mil habitantes, totalizando cerca de 13 mil casos. As estatísticas escancaram a necessidade urgente de adotarmos estratégias eficazes de prevenção e apoio emocional e psicológico. E é exatamente na psicologia que pode estar a solução para afastar quaisquer tipos de pensamentos que possam levar alguém à morte.
Outra estatística alarmante foi divulgada nesta quarta-feira (11) pela Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede). Os dados, neste caso, foram baseados em registros de 2023 do Sistema Único de Saúde (SUS) e mostram que houve um aumento de mais de 25% de internações relacionadas a lesões em que houve intenção deliberada de infligir dano a si mesmo nos últimos dez anos. Seria o equivalente a 31 ocorrências por dia.
Um estudo sobre intervenções psicológicas para a prevenção do suicídio foi publicado em 2020 pela revista médica norte-americana Jama Psychiatry. O resultado mostrou que a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) reduz significativamente a ideia de tirar a própria vida por parte de alguém com sinais de depressão. A meta-análise de 34 estudos, envolvendo mais de 3.000 participantes, mostrou que a TCC foi associada a uma redução de 30% nas tentativas de suicídio em comparação com grupos de controle.
A psicóloga clínica, professora e coordenadora do curso de Psicologia do Centro Universitário Estácio de Vitória, Sátina Pimenta, destaca a importância de conversar sobre sentimentos: “Não tem problema nenhum perguntar todos os dias como foi o dia de cada um e como estão se sentindo. Ninguém acorda de manhã e fala que quer acabar com a própria vida. É um processo precedido por uma depressão ou trauma e está em nossos lares, mas pode ser evitado se tivermos atenção aos sinais. Um exemplo disto é a mudança de comportamento tanto para o isolamento quanto para a animação desmedida. Então, falar sobre os sentimentos é importante! E falar que às vezes nos perdemos em nossa dor também é importante”, afirma Sátina.
A especialista ressalta também que é crucial que o assunto, embora sensível, seja abordado. “Falar sobre suicídio sem estigmas é necessário, pois abre espaço para se mostrar o que se sente quando ele está presente. Se o assunto vira um tabu, é como se ele fosse transformado em algo que não pode ser dito, que é vergonhoso, etc”, explica Sátina, que finaliza complementando com o que não deve ser dito a pessoas apresentando sinais de depressão e risco de cometer tragédias: “Com certeza não se evita falando ‘não pense nisto’, ‘olha tudo que você tem na vida’, ‘isto é coisa para fracos’… A pessoa já pensou nisso tudo. A melhor estratégia é o acolhimento, mas um acolhimento que oferte o que a pessoa deseje e não o que você acha que ela precisa. Então pergunte: ‘Quer um abraço?’, ‘precisa de ajuda?’, ‘como acredita que posso ajudar?’.
A Estácio, por meio do seu curso de psicologia, desempenha um papel ativo na promoção da saúde mental. A instituição oferece apoio psicológico gratuito à população em geral, proporcionando um recurso vital àqueles que precisam de algum tipo de orientação e suporte. A ajuda pode ser concedida de alguma forma, já que a Estácio promove ações de extensão pelos universitários e sempre está de portas abertas para receber qualquer indivíduo.
“A comunidade pode receber atenção com atividades de grupo e palestras, por exemplo. A psicologia não se limita à clínica individualizada e quem pede socorro é prontamente atendido de algum jeito em nossa instituição, a nível nacional”, garante Sátina Pimenta.
Este período do ano é para a reflexão. As campanhas do Setembro Amarelo servem também para mostrar que é possível buscar e receber ajuda. Não hesite em procurar apoio se você ou alguém que você conhece estiver passando por dificuldades. Conversar sobre saúde mental pode fazer toda a diferença na vida de uma pessoa.
Sobre a Estácio
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Fonte: Assessoria Estacio