Fonte: Assessoria
População poderá sugerir medidas para plano de longo prazo do ES
Representantes da sociedade civil, lideranças, empresários,governo e academia se reuniram, nesta quarta-feira (26), para mais uma etapa da construção do Plano ES 500 Anos. O evento“ES500 Encontros: seu lugar na história que estamos escrevendo”aconteceu no Ilha Buffet, em Vitória, com palestras e painéis
temáticos. Participaram cerca de 600 participantes.
A partir de agora, com os estudos e trabalhos desenvolvidos nos últimos anos, a população poderá contribuir com sugestões e melhorias voltadas para o futuro do Espírito Santo.
Na abertura do evento, o secretário de Economia e Planejamento do Espírito Santo, Álvaro Duboc, destacou a importância desse último encontro com a sociedade civil para debater a visão de futuro do estado por meio do ES500. Ele ressaltou que o plano foi construído de forma integrada, fortalecendo as iniciativas de planejamento já consolidadas ao longo dos anos, envolvendo o setor público, a iniciativa privada, a academia e a sociedade civil.
“O futuro do ES500 não pertence ao governo nem a uma gestão específica. Ele pertence à sociedade capixaba. Um dos grandes diferenciais desse plano é sua governança bem estruturada. Setor público, setor produtivo, sociedade civil e academia, juntos, estão construindo um plano sustentável a longo prazo. Cada
contribuição foi fundamental para consolidar um projeto que reflete as reais necessidades e aspirações da sociedade capixaba”, afirmou.
O diretor-presidente do Espírito Santo em Ação, Nailson Dalla Bernadina, enfatizou que ainda há muito trabalho a ser feito. “O plano não está pronto. Hoje não é um lançamento, mas o momento de apresentar os estudos, trabalhos e tecnologias desenvolvidos para que a população possa contribuir. Nossa missão é conectar governo e sociedade para que esse plano sirva de base para diálogos mais construtivos sobre o desenvolvimento do estado”, explicou.
Palestra de abertura
O diretor do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Caetano Penna, foi o responsável pela palestra de abertura do encontro. Ele destacou o potencial do Brasil para transformar metodologias globais de políticas orientadas por missão em soluções genuinamente nacionais.
“A combinação de capacidades acumuladas, conhecimentos tradicionais e científicos, aliada à mobilização de um rico ecossistema de atores, nos permite desenvolver abordagens próprias para enfrentar os grandes desafios da sociedade brasileira”, afirmou.
Painéis debatem temas essenciais para o futuro do ES
O evento também contou com três painéis temáticos que abordaram questões fundamentais para o desenvolvimento do estado.
O primeiro painel discutiu “Economia Diversificada, Inovadora e Sustentável”, com a participação de Rogério Salume, Rogério Faleiros e Felipe Rigoni.
O professor Rogério Faleiros destacou a importância de uma política ativa para a transferência tecnológica bem estruturada, evitando a repetição de relações centro-periferia. Já Rogério Salume, fundador da Wine, ressaltou que o desenvolvimento do estado depende de infraestrutura e conexão com outras regiões
do país. O secretário de Meio Ambiente, Felipe Rigoni, alertou para os impactos das mudanças climáticas e a necessidade de mitigação e adaptação.
O segundo painel, sobre “Cuidado Integral”, contou com Cláudia Monteiro, Veveu Arruda, Gleikson Barbosa dos Santos e Alberto Kopittke. O diretor-executivo do Instituto Cidade Segura, Kopittke, apontou que o Espírito Santo se tornou referência em segurança devido ao uso da ciência na prevenção da violência.
Cláudia Monteiro enfatizou a integração das políticas de educação e saúde como direitos fundamentais. Veveu Arruda ressaltou a importância do planejamento para enfrentar desigualdades e desafios climáticos. Já Gleikson Barbosa apresentou avanços na saúde, destacando o aumento expressivo no número de cirurgias eletivas realizadas no estado.
O terceiro painel abordou “Polo de Competências e Sociedade Digital”, com Vitor de Angelo, Fabrício Vargas, Luísa Paseto e Ricardo Henriques. O secretário de Educação, Vitor de Angelo, debateu os desafios da educação no mundo digital. Ricardo Henriques apontou a necessidade de investir em educação profissional e tecnológica. Fabrício Vargas alertou sobre o impacto da inteligência artificial na desigualdade social, enquanto Luísa Paseto destacou os riscos da IA em um país com deficiência na preservação de sua memória histórica.
O ES500
O Plano ES 500 Anos é o resultado de um amplo processo de construção coletiva, que envolveu toda a sociedade na revisão da visão de futuro do estado. A metodologia adotada pela consultoria Symnetics se baseia na abordagem orientada por missões, promovendo um planejamento de longo prazo focado em desafios sociais, com objetivos claros e prazos definidos.
Em 2024, foram realizadas 10 oficinas regionais, um evento temático sobre Tecnologias Emergentes, 34 oficinas de trabalho e mais de 120 entrevistas com especialistas. No total, mais de 1.700 pessoas participaram do processo. Como resultado, foram definidas cinco missões prioritárias para o Plano ES 500 Anos:
1. Economia diversificada, inovadora e sustentável;
2. Polo de competências;
3. Cuidado integral;
4. Sustentabilidade e resiliência climática;
5. ES ágil e inteligente.